Wednesday, October 25, 2006

Tirar ônibus do Centro

A prefeitura de Porto Alegre está planejando retirar, ou, ao menos, reduzir a presença de ônibus no Centro da cidade. Somente uma de suas avenidas, a pequena, mas larga, Salgado Filho, recebe 80 mil pessoas ao dia. O texto abaixo é a íntegra do que foi redigido pelo jornalista Sérgio Becker, morador da Salgado Filho.


Sérgio Becker
Especial para Folha do Porto

Na sua concepção, a proposta de criar portais de ingresso no Centro da cidade, nome pomposo para estações de transbordo de passageiros, a popular baldeação, se constitui num medida correta. Afinal, tanto os ônibus urbanos quanto os metropolitanos chegam ao Centro com menos de 30% do total dos passageiros embarcados. Além disso, durante dez anos foi discutido um projeto que preservaria do ingresso de ônibus um anel formado pela Primeira Perimetral, Rodoviária e Mauá. Seu interior seria alimentado por microônibus gratuitos para os passageiros dos ônibus. O projeto poderia ter sido implantado com recursos do Orçamento Participativo, que foram conquistado pelos moradores do Centro para a retirada dos terminais da avenida Salgado Filho, mas a incompetência administrativa - para não dizer insanidade técnica – embananou tudo e engavetou o projeto. Para o leitor que tenha estranhado a expressão insanidade técnica, perguntaríamos como classificar um projeto que previa a retirada das vinte árvores que resistem na avenida-rodoviária, estreitamento de suas duas pistas, proibição da circulação de automóveis e implantação de grandes e pesados equipamentos de proteção aos passageiros ?

A concepção dos portais, repetimos, é correta. Inclusive, já temos estações de transbordo subutilizadas no bairro da Azenha e na entrada do bairro da Agronomia. Também temos um ponto de transbordo sem infraestrutura em pleno funcionamento e que nostalgicamente lembra o Interior, localizado no fim da linha Belém Velho para a baldeação com três linhas alimentadoras. O modus operandi da baldeação é incrível. Um ônibus estaciona atrás do outro e os passageiros do primeiro embarcam pela porta traseira do outro sob a fiscalização de funcionário da empresa transportadora dos passageiros. No século XXI, caro leitor...E temos o terminal Cairú, que foi forçosamente implantado devido o esgotamento, logo após a inauguração, do corredor da Assis Brasil. Aliás, esta história de aplicar a estratégia ferroviária ao transporte coletivo de ônibus é meio complicada. Um comboio de uma dezena de vagões de trem elétrico não polui e exige pouca mão de obra operacional. Já um comboio de dez ônibus num corredor polui muito e exige muita mão de obra operacional. Sem contar a danificação da pista alfáltica e a tranqüila conservação dos trilhos.

Voltando aos portais, parece que inevitáveis na busca de um pouco de racionalização e redução de custos no sistema rodoviário de transporte de passageiros. Talvez o ideal é que fossem implantados vários pequenos em pontos estratégicos das radiais e não apenas três ou quatro grande projetos. Em segundo lugar, se estiverem previstos shoppings internos, como teme o comércio estabelecido, lembraríamos que a estação rodoviária intermunicipal começou a funcionar com o térreo para ônibus e passageiros e dois pisos para o comércio. O segundo terminou desmobilizado diante da desproporção oferta comercial/passageiros e no primeiro o Judiciário terminou obrigando a administração, há poucos anos, a criar um espaço confortável de espera de embarque. Aproveitamos o exemplo para argumentar que os passageiros não só desejam, como merecem e têm direito ao conforto. Nada de shoppings para alguns privilegiados venderem quinquilharias. As estações de transbordo devem oferecer basicamente conforto e segurança. O que significa espaço suficiente e instalações como banheiros, limpos e – forçoso reconhecer – vigiados. Em síntese, é só fazer o contrário do que se registra diariamente na avenida Salgado Filho, num crescendo desde a década de 70. Oitenta mil pessoas transitando, embarcando e desembarcando de ônibus diariamente. Ônibus congestionando em terminais que atendem até três linhas simultaneamente e provocando os mais elevados índices de poluição atmosférica da cidade. Movimentado comércio de alimentos sem a mínima fiscalização. Ausência de banheiros públicos e lixeiras ( a Prefeitura deveria colocar lixeiras de ferro, como os parquímetros, porque as de plástico não duram sequer uma semana ), o que, em seu conjunto, provocou uma trágica inversão urbana. De um bulervard, onde as pessoas, inclusive visitantes da cidade que dispunham da casas de câmbio para a troca de moedas estrangeiras, passeavam antes de ir às compras na Rua da Praia, foi transformada numa imunda e perigosa rodoviária e cenário de diversão noturna. A avenida Salgado Filho é a verdadeira Rua 24 Horas da cidade: tráfego intenso de dia e incontrolável de noite.

19/10/2006

Excertos deste texto foram publicados na página 10 do mensário Folha do Porto, edição de outubro de 2006, cuja distribuição, de seus 14 mil exemplares, porta a porta, se dá nos dias 25 e 26 de outubro, no bairro Menino Deus, típico de classe-média, e arredores idem.
Bertrand Kolesza - o redator - que agradece, aqui, ao Sérgio, pela sua colaboração espontânea.

Thursday, October 12, 2006

Sem propriedade, não há liberdade


[publicado na edição de setembro de 2006 do jornal Folha do Porto, de Porto Alegre]

Entre tantas afirmações, que podem ser pinçadas da brilhante obra de história "Propriedade & Liberdade", que cruza com os campos da filosofia e da economia política, podem ser destacadas: "há cerca de quarenta anos, ocorreu-me a idéia de que a propriedade, tanto no sentido amplo como no restrito da palavra, fornece a chave para o surgimento das instituições políticas e legais que garantem a liberdade", diz o autor, Richard Pipes, na Introdução. A obra é de 1999. Nascido em 1923, na Polônia, Pipes foi, de 1950 a 1996, professor na famosa universidade de Harvard (EUA) - por sinal, há décadas, notório reduto socialista. Não ele.

Ou esta: "Ao contrário de uma concepção errônea largamente sustentada, a Igreja não tolerava, e muito menos difundia, o comunismo, razão pela qual os padres da Igreja não podem ser citados como autoridades para isso." (p. 37).

Se Pipes conhecesse a lei brasileira, explicaria a miséria reinante pois "o determinante do crescimento econômico está nas instituições legais, que asseguram a indivíduos empreendedores os frutos de seu trabalho" (p.87). No Brasil, ao menos metade, de quase todas propriedades, é confiscada através dos impostos.

Pipes mostra, com evidências empíricas, que "os animais requerem um território próprio, não a-penas para escapar dos predadores e alimentar a si e a sua prole, mas para se empenharem no ato de procriação" (p.93), ou seja, a "propriedade" existe até mesmo entre os irracionais.
Sobre os humanos, lembra que "crianças pequenas são imensamente possessivas e aprendem a dividir à medida que crescem, porque são ensinadas a fazê-lo" (p. 97), ou seja, Rousseau e sua deturpada visão de que o homem nasce bom e o meio, através da propriedade, corrompe-o, está erradíssimo. E mais: "crianças criadas nos kibbutzim comunistas [em Israel] demonstram a mesma ganância que as americanas educadas numa cultura que estimula o materialismo" (p. 101).

O autor analisa a propriedade em diversos países e períodos históricos. Um dos mais esclarecedores é o que versa sobre o século liberticida, o XX: "o Estado nazista intervinha em todos os níveis da atividade econômica, regulando preços, salários, dividendos e investimentos, limitando a competição e estabelecendo disputas trabalhistas" (p. 264) - qualquer semelhança com o Brasil de hoje ...

Ele lembra que o Partido Trabalhista inglês (Labour Party), em 1945, ao fim da II Guerra, na qual o trabalhismo de Hitler foi derrotado, adotou o programa de 25 pontos do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores da Alemanha (em Alemão, NSDAP), que coloca os interesses da comunidade acima dos de cada indivíduo (p. 262), violando-lhe a propriedade e o trabalho.

Na conclusão, o autor escreve, na página 341, que há muita ignorância sobre a relação entre propriedade, liberdade e prosperidade, pois "as escolas são falhas ao ensinarem história, especialmente história legal e constitucional, e por isso a grande maioria dos cidadãos de hoje não tem noção daquilo a que devem sua liberdade e sua propriedade" e, daí, o enfraquecimento gradual dos direitos individuais.

A obra pode ser adquirida pelo www.il-rs.org.br ou pelo 3332-2376 do Instituto Liberdade/RS; ou pelo 3228-5557 da Livraria Hag, que não cobra taxa de entrega.

Metralhadora Giratória - Setembro 2006


A foto que mete bala nesta edição é ...
Carro estacionado na avenida Getúlio Vargas, bairro de classe-média Menino Deus, Porto Alegre, na manhã do dia 18/09/2006
A foto, no dia em que o país fervia com a denúncia de um assessor, há 17 anos, do presidente, no foco da compra de um dossiê forjado, para comprometer o oposicionista Alckmin e o preferido em SP, Serra. Pela lei, é responsável, por tudo, o que cometem os de seu comitê eleitoral.

A mais louca de todas as teoria malucas. Topas?
Esse pessoal do comitê eleitoral dele, pego com dólares sem origem legal, o que resulta na resposabilização do candidato, saiba ele ou não, conforme a lei o reza, talvez tenha tentado algo mais do que um ato com a certeza da impunidade. O ato, que pode retirá-lo do poder, talvez tenha uma conotação dos porões típicos do neotrabalhismo.
Ele já contou com os movimentos sociais (a CUT e o MST), sustentados pelo dinheiro do povo via governo, para inibir o impedimento no ano passado. Se ele for impugnado ou destituído pelo dossiê, terão os socialistas razão para convocar a bucha de canhão MST e o socialismo impôr a ditadura sonhada em 1964, impedida que foi pelo contra-golpe militar.

Organização não-governamental??
Uma ong, de filiados ao partido do presidente, internos na campanha à reeleição, abocanhou, numa garfada, R$ 4,1 milhões do governo. Dias depois, foram pegos com R$ 1,7 milhão, para comprar um dossiê comprometendo a oposição. Quem repassava o dinheiro era o ministério, cujo titular foi para a presidência do partido e chefiava a campanha. É muita xxxxx para pouca democracia. É a esquerda no poder. Haja!

Enlouquecimento
Homem do partido no RS disse que o rolo do dossiê foi criado pela oposição para culpar a sua sigla. Há quem creia, inclusive ele.

Ele não tem culpa?
O candidato é responsável pelo que comete o seu comitê eleitoral, cujo topo foi flagrado numa operação suja, com dinheiro ilegal. A impugnação está à frente do país.

Todos viram, mas ...
A PF flagrou, os réus são confessos, o candidato é responsável. Mas o líder nacional-socialista, como o alemão, tudo pode, não?

Jurista deu a dica
Acabou falando. O mensalão, mais grave, ficou fichinha. O de agora, sim, fê-lo perder a paciência. Para o ministro, o causo-dossiê é pior do que o de Nixon. Sim, e daí?

Cristo e Judas
O líder, esquerda, compara-se a Cristo, traído por Judas. Seu opositor, também de esquerda, compara-o a Judas traidor. Os anti-Bíblia argumentam com ela. Haja.

Os mais brandos
Democracia é escolher os menos dotados para o desvio, para que ocupem os palácios do poder.

"Todo o poder emana do povo", mesmo?
Ministro da corte suprema declarou que, se os votos nulos forem de 50% mais um, não será anulada a eleição. A Constituição diz que "todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos diretamente". Mas, se o povo não quer eleger tais representantes, anulando votos, não pode. Logo, dele não emana. O povo, se anulasse a eleição, exigiria outro pleito, com outros candidatos. Mas, não! Devem ser os "representantes" impostos pela classe sacadora. É uma ditadura.

Vozes íntimas do poder republicano
Dois jornalistas registraram o repertório político de sua excelência. "O Chile é uma m... . O Chile é uma piada. Eles fazem os acordos lá deles com os americanos. Querem mais é que a gente se f... por aqui. Eles estão c .... para nós". Tem coisa bem pior. Ele achar qeu o Chile não pode viver como bem entenda, que tem de ser como ele quer. O Chile, que não embarcou no ódio aos EUA, como cá, e vai muito bem.

Usos e abusos do regime democrático
"Temos que aprender que isso também faz parte da democracia. E democracia não é só coisa limpa, não. Democracia às vezes tem dessas coisas que nos causam preocupação, que nos causam desgosto", disse o tal. É mais uma confissão do delito? Só o medo do MST o mantém.

O homem apareceu possesso na TV
Em geral frio e calculista, como todo comunista, importante ministro do nacional-socialismo trabalhista apareceu na televisão possesso, enfurecido, discursando a prefeitos da sigla, acusando a imprensa de golpismo. Mas foi o partido dele que armou os golpes. Há bocós, aí?

Será o RS uma tendência nacional?
Correio do Povo de 23/09 publicou que o da oposição está com oito pontos a mais do que o da reeleição. Dias atrás estava um ponto à frente. Será uma tendência nacional, oculta por outros pesquisadores?

Os impostos, da colônia à república
No tempo da colônia, era o quinto dos infernos (20% de tudo ao governo). Hoje, na república, da democracia dominada pelo nacional-socialismo trabalhista, é o meio (50%) dos boquirrotos fraudadores.

Dois passos à frente, um para trás
Não se pense que o veto do candidato à reeleição, a uma lei que medievalizaria o jornalismo é fruto de sua crença na liberdade. É recuo estratégico eleitoral. Que a rã não se esqueça da natureza do escorpião.

Tuesday, October 10, 2006

Raios & Trovões - Setembro 2006

Fórmula da pobreza
O tal de governo empobreceu em 3,6% os de renda média e transferiu aos mais pobres, que aumentaram em 7,3% a sua. Mais dois luíses e todos serão pobres.

1.835 permanece
Os tributos sobre produtos do RS são maiores do que sobre os similares do Prata - a causa de
1.835 permanece; sob silêncio.

A festa da alienação
O parque da gauchada serve a quem não quer saber dos fatos.

Vinho é alimento?
Importa é reduzir tributos, como no Prata. Senão ... pipas cheias.

In vino veritas
Burocratas dizem que a sociedade discute o uso do álcool. Falso. Eles o discutem, para aumentar tributos e serem sustentados à força, por quem trabalha. E bebe.

Atacou o senado
Candidato a presidente deixa clara sua tendência ditatorial.

E falou em ditadura
Entre empresários, questionado sobre reformas, falou em fechar o Congresso para as fazer. Se alguém tinha alguma dúvida ...

O Papa e o Islam
Citou teólogo que acusou a religião árabe, que prega a fé com o uso da espada. A Bíblia não prega, mas o cristianismo a usou.

País socialista é assim
Órgão de categoria conclama o povo a dizer 'não' a novos cursos de medicina, pois atendem a "interesses comerciais". Que os doutores, então, trabalhem de graça.

Democracia trabalhista
Voto obrigatório, intervenção estatal, ausência de ordem, invasões à vontade, abuso de fiscais.

Obscurantismo
A lei e as cortes aceitam a noção de "raça" humana, negando a ciência e a racionalidade. Raios!

A conta boliviana
Faz bem à estatal a invasão de propriedade pelos botocudos. Se aumentam o preço do gás, o lucro idem e o partido dele desfruta.

O cordial não é cordato
O povo é cordial (sangüíneo, emotivo), mas nada cordato (educado, polido). Vide os fiscais.

Marco zero
Nunca, desde 1.500, um governo teve tantos ministros dentro do palácio, indiciados por formação de quadrilha. 40! Ladrões?

Preferência eleitoral
Se os indícios conferem, há eleitor que opta pelo crime. Mil raios.

Sob o terror campesino
Não é coibido e ainda recebe verba do povo via governos. Se a impugnação sair, atacarão.

Duas pesquisas do mesmo
O Ibope dá um resultado e o Ibope divulgado pela Globo, outro. Em um, Lula ganha, já. Em outro, não.

Aos de 16 a 18 anos
Vós não sois autorizados a beber, a fumar, a dirigir, mas podeis votar em bêbados à presidência. Embriagai-vos de la democracia.

Quer imprensa submissa?
Raios! O comitê do candidato comete toda sorte de manobra, que o favorece, e ele culpa a imprensa. Queria que ela ocultasse o vício?

Doutrina invasionista
Por indigentes ou pelo MST, não importa. É contribuição do socialismo à degradação moral.

Por todos os lados
Delinqüentes desrespeitam a propriedade privada; burocratas idem, mas com a lei - os tributos.

Paradoxo da lei antitabagista
A lei só deveria dispor sobre o espaço comum, nunca sobre o privado. Assim, proibir-se-ia fumar em logradouros públicos, o que seria de livre escolha aos espaços privados de acesso público.

Monday, October 09, 2006

Veneno na Câmara - Setembro de 2006

A saúde estatal em debate pelo político
Sofia Cavedon (PT) disse que a situação é grave em diversos postos de saúde da Capital. A vereadora contou que, no posto da Vila Maria Conceição, os dois dentistas não podem trabalhar porque não têm como esterilizar os instrumentos e não há como fazer curativos básicos, por falta de material. "Falar da saúde em Porto Alegre é maquiar algo que não existe." Ao fazer esta afirmação, Maristela Maffei (PSB) denunciou a falta, há dias [a 14/09], de médicos no Posto da Vila São Pedro, na Lomba do Pinheiro. Luiz Braz (PSDB) admitiu que "a saúde não está uma beleza em Porto Alegre", mas garantiu que os problemas já eram graves nos 16 anos de administração do PT. Clênia Maranhão (PPS) considerou alvissareira a notícia de que mais de 14 mil pessoas foram beneficiadas com o mutirão de consultas da prefeitura.
Moral da história: O povo paga à força para o Estado/governos ofertarem saúde. Se eles não ofertam, nada lhes acontece. Já o povo, perde o dente, deforma a perna ou o braço, morre de câncer, esperando a consulta. Há médicos que ganham por 40 horas/semana, não as cumprem e nada acontece. Desestatizar a saúde, já, por amor ao povo.

Sempre a intervenção
João Bosco Vaz (PDT) defende que sindicatos, associações e cooperativas representantes de ta-xistas possam expedir autorização de publicidade em veículos de aluguel providos de taxímetro.
Sequer deveria passar pelo Estado/governo tal contratação entre entes privados. Livres?

Falta de o que fazer?
Projeto de lei do Executivo altera a denominação do bairro Centro para Centro Histórico, limitado pelos logradouros Loureiro da Silva até João Goulart e por esta até a Mauá; da Mauá até Castelo Branco, e desta ao Largo Vespasiano Júlio Veppo; deste até o Complexo Viário Conceição, incluindo túnel, elevadas, acessos e rua da Conceição; e desta até a Sarmento Leite; desta até a Engenheiro Luiz Engleitner; e, dali, até a Perimetral, seguindo até sua confluência com a Loureiro da Silva.

A culpa é das vítimas?
Claudio Sebenelo (PSDB) rebateu Carlos Comassetto (PT). "Há três anos debatemos, com a presença de secretários do então governo João Verle, uma solução para a invasão de marginais na praça Garibaldi, e foi sugerida uma solução simples, no entender desses secretários: a retirada dos bancos, que foram retirados", afirmou. A marginália permaneceu. "Esse problema também é da população, que abandona as praças", disse.

Urgem mudanças na lei
Vereador candidato a outro cargo falta à promessa implícita, ao se eleger, de ficar quatro anos.

Vem de longe
Maria Celeste (PT) atribuiu ao descaso e ao descuido do governo municipal o número de ocorrências trágicas, envolvendo as crianças. Lembrou a queda de um poste de madeira em praça da Vila Elisabete, que provocou a morte da menina Yasmin, de cinco anos.
Esqueceu que isso começou antes do atual governo assumir, pois a omissão é de órgãos permanentes e não dos eleitos.

A culpa é das vítimas
Para um vereador, o fato de as pessoas não se filiarem a partidos políticos gerou a má qualidade das candidaturas. Para ele, todos deveriam politizar a existência. Felizmente, a vida não se resume à política. É muito maior, mais rica e mais virtuosa. Ao menos, as pessoas pensam a mesma coisa, com os dois hemisférios de seus cérebros.

Creches estão fechando
Uma vereadora lamentou que a falta de repasse do Executivo inviabiliza creches. As mães não têm onde deixar seus filhos. Deveriam ter pensado nisso antes de os ter. A lei nos faz irresponsáveis, ao transferir ao governo a tarefa; somos incrimináveis, ainda assim.
Daí, a insensatez generalizada.

Sobre a pista de aviação
A comunidade do Parque Santa Fé, na zona Norte, não quer a transferência, para sua vizinhança, dos invasores da chamada Vila Dique, que impede a ampliação da pista do aeroporto Salgado Filho. E, na Vila Dique, há quem não queira o novo local. Invadem e, depois, incomodam. Haja!

Friday, October 06, 2006

Metralhadora Giratória - Agosto 2006


Esta a foto que leva bala neste mês
Foram alugadas 50 placas dessas, pela prefeitura municipal de Porto Alegre, a um custo de R$ 1.100 cada por um mês. A prefeitura faz um favor à deficitária EPTC (empresa estatal de trânsito), que tem um déficit acumulado de R$ 25 milhões e pico e anuncia, nas placas que a EPTC aluga para publicidade, o mutirão para tirar do atraso a fila na saúde, responsabilidades cível e criminal dos políticos. A cada consulta, o SUS paga R$ 7,00. Os R$ 55 mil das placas renderiam 7.857 consultas, já pagas nos tributos.

Eles mantêm a pobreza, porque assim o querem
O senhor e a senhora, realmente vós acreditais, que políticos/governantes não acabam com a pobreza, porque a tarefa é árdua, etc? Ora, não acabam com ela, porque não querem. Basta reduzir os impostos sobre tudo, da comida à casa própria, passando pelos medicamentos e salários. Os subsídios aos pobres resultam em mantê-los na pobreza, enquanto isso, o dinheiro dos pobres, sacado nos impostos, sustenta juros facilitados, via banco estadual, para grandes empresas. O pobre paga até mesmo duas vezes pela comida. Ao financiar a produção com os impostos e ao comprar o alimento no mercado. Não interessa acabar com a fome, pois ela faz, do político, uma necessidade, quando é inútil.

Um ato de humanidade, por favor
Apela-se às autoridades, que concedam um ato, um mero gesto de humanidade, mas que se reveste de grande importância. Há homens demais nos tétricos presídios. Pobres vítimas de uma sociedade perversa, de gente que estuda, trabalha, cumpre horário e responsabilidades. Façam justiça, social. Libertem essas pobres vítimas da sociedade, permitam, já, sua reintegração, sejam estupradores, latrocidas ou ladrões.

Aprendeu muito bem
Em debate na TV, não sabia o que era a CIDE. No poder, aprendeu rápido. Dos R$ 7,7 bilhões arrecadados do povo, somente R$ 480 milhões foram legitimamente usados para estradas. O resto ... nada.

Preferem a pobreza
Povo prefere candidato favelado ao classe-média. Viva a miséria.

Onde estão os 46%?
Número oficial do ministério da Saúde dá conta que 46% dos seus recursos foram para os programas assistencialistas do governo. Ou seja, lei desafiada, candidato forte à eleição. É a tal de democracia.

Constituinte, é?
Um do governo inventou que a OAB propunha Constituinte exclusiva para a reforma política. A OAB o negou. Que governicho, este!

Reelegeram-no
PSDB e PFL optaram por ele, no momento em que desprezaram fatos graves confessos pelo mega publicitário, pago no estrangeiro.

Preparem-se
Reconduzida a quadrilha, vai chutar como nunca. E tem uma quadrilha menor, querendo voltar.

Elege-se sempre o mesmo governo
A Constituição estabelece percentuais para gastar em saúde e em educação e, a LRF, com funcionalismo. Assim, elege-se sempre o mesmo, para o governo. Só governa aquele partido que desafia a lei, como ao retirar dinheiro da saúde, para comprar voto dos famintos. Os políticos são desnecessários. Precisa-se deles, porque criam dificuldades, para que nós, por conta própria, toquemos as nossas vidas com facilidade.

Noção perfeita de sincronia macabra
Segundo pesquisa de dois economistas, a União reduziu em 85% os repasses de verbas para segurança ao estado de São Paulo, entre 2001 e 2005. De R$ 181 milhões em 2001, para R$ 27 milhões em 2005. Aí, sempre que a oposição melhora nas pesquisas, o PCC arma ataques (já foram três até o início de agosto) nas ruas e rebeliões nos presídios, comprometendo a imagem do candidato alternativo. Estranha coincidência, não?

Prêmio pelo vandalismo totalitário
A assuada que invadiu e depredou o Congresso recebeu como punição a liberdade sem indiciamento. Até mesmo os líderes, detidos, foram soltos pela lei. Legal, não? Mas há um prêmio maior. Um dos "chefes" da depredação recebeu, do governo (leia 'povo'), indenização de dois milhões, 160 mil, 794 reais com 62 centavos. O vandalismo do terror campesino tem aliados poderosos. Tanto que as invasões cresceram, e muito, nos últimos anos. Ao contrário do que foi prometido em propaganda.

O nó crucial permanece ignorado
Candidatos ao Estado falam muito, mas não no crucial. Para que os ativos sustentem os inativos, aqueles deveriam ter descontado 95% de seus proventos em folha. Ou seja, o modelo de previdência esgotou-se; e ao povo que por ele paga. Não falam nisso, não merecem atenção.

Vetado novo ataque ao jornalismo
Há dois anos, o governo federal e a submissa federação de uns poucos jornalistas tentaram censurar a imprensa. A recusa foi geral. Recuaram. Há pouco, novo projeto foi aprovado no Congresso, tentando algo semelhante, transformando a liberdade de expressão em uma profissão medieval, uma guilda. Até aula de charge, um sujeito pregou nas cartas do leitor do Jornal do Comércio. Lula vetou, acreditam? É a reeleição.

Veneno na Câmara - Agosto de 2006

Uma tacada acerta em duas, grandes
Com toda a confusão, envolvendo a licitação de R$ 305 milhões do DMLU, para limpeza urbana (varrição, coleta, outras), alguns vereadores, acompanhando os movimentos da Polícia Civil, Tribunal de Contas e Ministério Público estadual, decidiram abrir uma CPI para investigar o órgão. A atual oposição, situação até 2004, deveria pensar melhor nisso, pois, nos 16 anos, o lixo foi coletado oito anos na emergência. Enfim, as 12 assinaturas estavam garantidas, entre elas, a da vereadora Maristela Meneghetti (PFL). O líder do governo foi ao seu gabinete, pedir que ela desistisse. Sabedora dos fatos já apurados, ela disse que retiraria o apoio à CPI, em troca da demissão da diretoria do DMLU. Isso foi na quinta-feira, 03/08. Dia 06, demitiu-se a diretoria.

A moral desta história está em separar o público do privado. Na mescla de empresários e dinheiro do povo, tomado à força via tributos, crimes já aconteceram. A coleta do lixo é privada, sim, mas o dinheiro do usuário passa pelas mãos de políticos e acólitos. E que tal se fosse totalmente privatizada, sem passar pelas mãos deles? Ao Estado, caberia zelar pela manutenção do contrato, quando falha um dos lados.

Um país sem lei, nem ordem
Todos devem ser tratados com igualdade perante a lei. Esta a única igualdade que pode ser garantida no mundo. No mais, são todos diferentes. Mas há uma lei municipal, que implanta o racialismo nos concursos públicos. O Tribunal de Contas ordenou que a prefeitura demita servidores aprovados por critérios raciais, pois ferem, claramente, a Constituição.

Ora, a Constituição
De presidente a prefeito, de senador a vereador, quem mais desafia a Lei são os políticos, que juram, ao assumir, defendê-la. Edis houve, posicionando-se a favor do critério racial, contra o TCE e a Constituição. O senhor e a senhora vão obedecer a lei por quê? Para quê? Para sustentar gordos proventos, para ignorar-se a lei?

Tétrica vitória
O ideário racial e nacional-socialista domina o mundo.

E por falar em proventos
É de R$ 7.500,00 - arredondando - o salário recebido para desafiar a lei maior. Haja democracia.

Perversão estatal
Os municipários têm o seu hospital. Mas, há 12 anos, o Município paga o mesmo valor pelos serviços conveniados, foi informado aos vereadores. Tal "economia macabra" é um acinte, iniciado com a solidariedade e o socialismo.

E o antitabagismo, héin??
Leis eugênicas, como a anfifumo, são imposição da ONU. Nem mesmo o príncipe macabro da eugenia chegou a tanto, em seus delírios nacionais-socialistas.

Exemplo do equívoco
João Dib (PP) fez críticas sobre a avenida Baltazar de Oliveira Garcia. "Ali se verifica tudo que não deve ser feito numa obra pública." Para ele, a paralisação da obra, que prejudica o comércio e os moradores, traz um custo maior do que o da própria benfeitoria.

Leis boas e inócuas
Luiz Braz (PSDB) lamentou que a lei contra beber em postos de gasolina não é obedecida. Ele crê que os vereadores fizeram o bem ao proibir o consumo de alcoólicos naqueles locais. Deveriam zelar pela própria vida. A política, cá, é supressão total, progressiva, da mínima liberdade.

Capazes incapazes
Ainda na discussão das cotas raciais para o serviço público, edil comunista disse que os beneficiados são "competentes e capazes". Se o são, por que precisam de cotas para a sua aprovação?

Ás no vazio
Ministro disse que o governo manterá canais permanentes para discutir a TV digital no Brasil. Depois de a tecnologia já estar decidida qual vai ser, excelência?

Pensam em sacar
Vereador quer regulamentar jogo para transferir para a aposentadoria dos municipários. Quem pode, leva; os demais, morrem na fila da imprevidência estatal.

É o modelo?
São 150 famílias assentadas em área da prefeitura no Porto Seco, obrigadas à energia informal, foi relatado. O que podem fazer aqueles famílias, senão o "gato"?

Raios & Trovões - Agosto 2006

A gente está com medo
A gente está com medo, muito medo. Raios e trovões! Este "pasquim tendencioso, malicioso", para quem dele não gosta, que vós agora lê-des, tem um redator, claro, que anda pelas ruas, raro, e conversa com as pessoas. E não pára de ouvir. "Estamos com medo", "tenho medo", "a gente está com medo". Com medo de sair na rua e ser assaltado. Com medo de os filhos não voltarem para casa, após a "balada". Com medo de o dinheiro não chegar ao final do mês, tantos são os impostos que sugam o salário. A gente também está com medo da tal de reeleição, que faz do detentor do cargo um favorito. A gente tem medo de cair uma bomba d’água e a rua alagar; de atravessar a rua, porque motorista não respeita ninguém e a autoridade vem às vezes para multar estacionados. A gente tem medo de levar uma multa, porque não tinha onde parar. Tem medo de estacionar e ser assaltado e, o mesmo, ao voltar. A gente tem medo de o mero pelas ruas caminhar. A gente está com medo.

E a escravidão começa ...
... com o ato obrigatório de escolher qual quadrilha irá tomar o dinheiro de todos, democraticamente. Mil raios e trovões!!

Os novos termos
Agora, não é mais "Brasil decente", mas "de novo com a força do povo"; ou "fome do povo"?

Acabem com a intervenção
Produtores rurais querem o governo auditando produtividade dos assentamentos. O bom seria extinguir o órgão e as exigências socialistas de produtividade.

Explica os 47% do Ibope?
O povo deve pensar nele como candidato da oposição, pois disse, no JN, que, neste governo, "a única coisa que caiu foi o salário". Mais. Há "combate à ética".

Nem ele ousou tanto
O demônio da eugenia jamais pensou em punir fumantes. Perdeu a guerra, mas sua idéias, ra-dicalizadas, governam. Mil raios!

Mercado à força
Prefeito socialista sancionou lei de vereador comunista, obrigando novas construções, a partir de 2 mil m², a comprarem "arte" de cadastrados na prefeitura. Raios!

Marco histórico em 1933
Adolf Hitler, grande líder operário, chegou ao poder pelo voto.

Ao povo
Do titular do TSE em cadeia nacional de rádio e TV, na noite de 13/08, alertando para não se votar em candidatos corruptos.
Nenhum nome foi citado.

Tragédia tropical
Lei, criada por poucos, torna criminosa a pessoa, que faz por ganhar a vida honestamente.

Vozes coletivistas
O Brasil não é um país capitalista. Nunca foi. Os brasileiros não sabem o que é o capitalismo. Mas o odeiam. Por isso, são pobres.

Civitas?
A ofensa mútua é a única maneira de os homens civilizados conviverem em paz. Mil raios!

Governar é ...
Falsificar moeda ou estratosferizar os juros, gerando pobreza.

Paradoxo estético
O desejo da crítica, pela inovação, é o que, enfim, destrói a arte.

O perigo da filosofia
O aprendizado ficará pior do que o ensino, com a obrigação de filosofia. Ler, entre outros, Platão, sem o alerta de que era racista e totalitário, violará muita mente juvenil.

Risco da democracia
Platão não gostava dela. Era nobre. ‘Veja’ de 16/08 aponta que mulher, nordestina, dos 16 aos 44, até nível médio, até R$ 700/mês decidirá a eleição. Platão!? Raios.

População imbecil?
Pesquisa detectou 47% de eleitores conservadores. Como, então, "elle" é o preferido à eleição, se o partido carrega bandeiras marxistas? Povo burro ou ignóbil?

Pela humanidade
Em mil anos, a humanidade estará quase ausente do planeta, dadas as atuais taxas de fecundidade. Os brancos sumirão primeiro. Ao defender o sagrado matrimônio, a Igreja sabe do que fala.

Pessimismo à frente
Nenhum dos candidatos ao governo do estado fala em vender a banca estatal, que custa cerca de dois milhões de reais ao dia aos economicamente ativos. Raios!

Lucro intocável
Estatal oleaginosa produz barril de petróleo a US$ 12 e o vende a US$ 70. Monopólio altamente lucrativo. E, em Porto Alegre, postos limitados a um lucro de 14%!!!

Época eleitoral
Primeiro pedem, depois tomam. Poderiam, tão somente, trabalhar.