Monday, October 09, 2006

Veneno na Câmara - Setembro de 2006

A saúde estatal em debate pelo político
Sofia Cavedon (PT) disse que a situação é grave em diversos postos de saúde da Capital. A vereadora contou que, no posto da Vila Maria Conceição, os dois dentistas não podem trabalhar porque não têm como esterilizar os instrumentos e não há como fazer curativos básicos, por falta de material. "Falar da saúde em Porto Alegre é maquiar algo que não existe." Ao fazer esta afirmação, Maristela Maffei (PSB) denunciou a falta, há dias [a 14/09], de médicos no Posto da Vila São Pedro, na Lomba do Pinheiro. Luiz Braz (PSDB) admitiu que "a saúde não está uma beleza em Porto Alegre", mas garantiu que os problemas já eram graves nos 16 anos de administração do PT. Clênia Maranhão (PPS) considerou alvissareira a notícia de que mais de 14 mil pessoas foram beneficiadas com o mutirão de consultas da prefeitura.
Moral da história: O povo paga à força para o Estado/governos ofertarem saúde. Se eles não ofertam, nada lhes acontece. Já o povo, perde o dente, deforma a perna ou o braço, morre de câncer, esperando a consulta. Há médicos que ganham por 40 horas/semana, não as cumprem e nada acontece. Desestatizar a saúde, já, por amor ao povo.

Sempre a intervenção
João Bosco Vaz (PDT) defende que sindicatos, associações e cooperativas representantes de ta-xistas possam expedir autorização de publicidade em veículos de aluguel providos de taxímetro.
Sequer deveria passar pelo Estado/governo tal contratação entre entes privados. Livres?

Falta de o que fazer?
Projeto de lei do Executivo altera a denominação do bairro Centro para Centro Histórico, limitado pelos logradouros Loureiro da Silva até João Goulart e por esta até a Mauá; da Mauá até Castelo Branco, e desta ao Largo Vespasiano Júlio Veppo; deste até o Complexo Viário Conceição, incluindo túnel, elevadas, acessos e rua da Conceição; e desta até a Sarmento Leite; desta até a Engenheiro Luiz Engleitner; e, dali, até a Perimetral, seguindo até sua confluência com a Loureiro da Silva.

A culpa é das vítimas?
Claudio Sebenelo (PSDB) rebateu Carlos Comassetto (PT). "Há três anos debatemos, com a presença de secretários do então governo João Verle, uma solução para a invasão de marginais na praça Garibaldi, e foi sugerida uma solução simples, no entender desses secretários: a retirada dos bancos, que foram retirados", afirmou. A marginália permaneceu. "Esse problema também é da população, que abandona as praças", disse.

Urgem mudanças na lei
Vereador candidato a outro cargo falta à promessa implícita, ao se eleger, de ficar quatro anos.

Vem de longe
Maria Celeste (PT) atribuiu ao descaso e ao descuido do governo municipal o número de ocorrências trágicas, envolvendo as crianças. Lembrou a queda de um poste de madeira em praça da Vila Elisabete, que provocou a morte da menina Yasmin, de cinco anos.
Esqueceu que isso começou antes do atual governo assumir, pois a omissão é de órgãos permanentes e não dos eleitos.

A culpa é das vítimas
Para um vereador, o fato de as pessoas não se filiarem a partidos políticos gerou a má qualidade das candidaturas. Para ele, todos deveriam politizar a existência. Felizmente, a vida não se resume à política. É muito maior, mais rica e mais virtuosa. Ao menos, as pessoas pensam a mesma coisa, com os dois hemisférios de seus cérebros.

Creches estão fechando
Uma vereadora lamentou que a falta de repasse do Executivo inviabiliza creches. As mães não têm onde deixar seus filhos. Deveriam ter pensado nisso antes de os ter. A lei nos faz irresponsáveis, ao transferir ao governo a tarefa; somos incrimináveis, ainda assim.
Daí, a insensatez generalizada.

Sobre a pista de aviação
A comunidade do Parque Santa Fé, na zona Norte, não quer a transferência, para sua vizinhança, dos invasores da chamada Vila Dique, que impede a ampliação da pista do aeroporto Salgado Filho. E, na Vila Dique, há quem não queira o novo local. Invadem e, depois, incomodam. Haja!

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