Formam-se uma dúzia de poças a cada chuva
Leitora liga para chamar a atenção das poças de água que se formam ao lado do terminal das linhas T2 e T5, na continuação da rua Peri Machado, entre Praia de Belas e Borges de Medeiros, no bairro Praia de Belas, na frente do Menino Deus. Ela é usuária regular de uma daquelas linhas e fica indignada ao ver que as poças d’água permanecem por vários dias após a chuva, um convite para o mosquito da dengue, o Aedes egypti (que é alienígena ao Brasil, como a maior parte de sua população humana; ele veio da África nos porões dos tétricos naviosnegrei-ros, junto com a doença).
A leitora fica ainda mais indignada ao lembrar que “a gente não pode ter o prato de um vaso de flor com água, por causa do risco da dengue e naquela área pública formam-se enormes poças”.
É mais um caso típico da opressão sob a qual se vive no país, desde a dicotomia metrópole-colônia, passando por império, república velha, estado novo (de velhos hábitos opressores), redemocratização, revolução anti-estatista que estatizou o país, redemocratização e atual ditadura civil da classe política, para quem as leis não valem, provado está pelo descaso do poder público para com o causo.
Em abril passado, uma publicitária, que pega ônibus ali, já tinha mandado uma foto e uma reclamação sobre os criatórios estatais de dengue, os que podem.
Nada foi feito. E, toda vez que chove um pouco, formam-se doze, sim, leitores e leitoras, doze poças d’água de generosas dimensões, equivalendo a dezena de pratos de vasos de flor cada uma.
Deve ser por essas e por outras que o poder público, a lei, é tão mal-vista no país. Quem deve zelar por ela não se preocupa em a cumprir para si. Opressão.
Feitas tais reflexões “cidadãs” (de um indivíduo escravo do estado/governo/partidos políticos) o redator procurou mais sarna para se coçar. Decidiu descobrir a quem cabe a responsabilidade pela chapa de concreto-poçad’água-para-dengue. É querer, viu?
E a quem pertencem as poças??
Ao povo todo, claro, que se dane, obedecendo a lei. Ditadura.
O redator entrou em contato com a assessoria de imprensa da Smov. Pediram um e-mail. Enviado. Não responderam por e-mail. Telefonaram. Igualdade? Depois, veio.
Segundo ela, “equipe da Smov esteve no local e constatou que há duas grelhas de um dos lados da via em questão, mas como a rua é plana, as águas acabam acumuladas não conseguindo escoar. Seria necessária uma avaliação do DEP para ampliação da rede pluvial no local. A placa de concreto está no passeio e não apresenta problemas”. Então ‘tá. E que o redator contatasse o DEP.
Aí, também, já é demais.
De Herodes a Pilatos..
Labels: dengue, Menino Deus, Porto Alegre
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