Friday, October 16, 2009

Binário Borges-Praia, opiniões

[edição de junho de 2009]

A ampliação do Praia de Belas Shopping Center aumentará o fluxo de veículos no seu entorno. Além dele, outros empreendimentos trarão maior circulação. Para dar conta disso, os técnicos da EPTC decidiram pela implantação de um binário - moda que começou na cidade, com a chegada da turma dos 16 anos ao poder, que importou desempregados do partido, de São Paulo. Pela proposta, a Borges de Medeiros terá mão única, desde os Açorianos, até a José de Alencar, vindo do Centro. Já a Praia de Belas, ao contrário, levando ao Centro. Quem paga os estudos bem como a implantação é a Iguatemi Empresa de Shopping Centers (Iesc). O binário é uma exigência para a terceira fase de ampliação do Praia de Belas prevista para iniciar em 2011. A primeira está em curso. Ela implica na ocupação do terceiro piso do estabelecimento (hoje estacionamento, com 500 vagas), com mais oito cinemas, lojas, área de alimentação e um teatro com 400 lugares.

Para saber o que pensa, quem vi-ve e trabalha no Menino Deus, ouvimos quem se dispôs a falar, no comércio do bairro, sobre o binário. Quem quiser, pode utilizar o e-mail folhadoporto@terra.com.br

Favoráveis ou indiferentes
“Ótimo, seria maravilhoso”, define Ivete Freitas Pasa, comerciante na Getúlio Vargas há oito anos e residente no Menino Deus.

“Se for para melhorar, ótimo”, afirma Fábio Gonçalves, que trabalha em uma ferragem na José de Alencar. “Mas, se acontecer como na III Perimetral, quase vazia, enquanto isso, quem vai de ônibus pela Assis Brasil fica 40 minutos no corredor, do início até o HCR, não adianta.” Para ele, gastaram milhões em uma avenida com pouco fluxo e descuidaram de outra, muita intensa.
Para lembrar, a obra em 12,3 km da III Perimetral (não em toda ela) custou R$ 125 milhões, sendo R$ 13 milhões no encontro da Protásio Alves com a Carlos Gomes.

“Acho que para ir ao Centro vai melhorar”, diz o cabeleireiro Jefferson Saturno. “Não vejo problema, mas, para quem vai ao sul ou mora aqui, eu não sei como será”.

“Poderia continuar como está, sempre passo lá pelas 18h00 ou 19h00, sem problema”, aponta Daniel Maiser, da banca de jornais da Caixa, na esquina da José com a Múcio Teixeira.

Em outra banca de jornal, na esquina com a Grão-Pará, o proprietário Alexandre Garcia não prevê mudança para ele, pois “venho cedo, lá pelas seis e meia, o trânsito está sempre livre neste horário”. Mas lembra de um ponto em esgotamento. “A Múcio Teixeira, no início, era tranqüila, agora já está cheia”.

“Acho que tem que fazer o binário”, apóia Wilma Guez, que, na conversa, revela conhecer muito dos projetos de Porto Alegre.

Contrários ou em dúvida
“Para quem mora no bairro vai complicar”, prevê Mozart Ferreira da Silva, residente há 13 anos na José de Alencar. E, sobre a Borges afunilar na frente da elevada Dom Pedro I, “não sei se vai funcionar”.

Ismael Berdichevski pergunta “por que não usam mais a Edvaldo Pereira Paiva?”, ainda mais, lembrando que será duplicada, em função da Copa do Mundo de 2014.

Já Rosi Lima, gerente de loja na Getúlio, tem dúvidas. “Não sei se revolveria, com a estrutura que a cidade tem para a quantidade de carros, que continua aumentando. Não sei se o binário resolve. Se melhorar um pouco, já é lucro.”

Os números da estatal
A EPTC prevê um aumento no fluxo de veículos de 9.366 para 10.374 no cruzamento da Borges com a Ipiranga, ainda dentro da categoria “verde”, na qual os técnicos prevêem uma utilização de até 82% da capacidade da via.

Já o cruzamento da Praia de Belas com a Ipiranga passará, é a previsão, dos 6.633 atuais para 8.559 (em 82% do uso da capacidade).

E o movimentado, e de muitos acidentes, encontro de Múcio Teixeira com Bastian, passará dos 1.331 para 1.739 veículos, na categoria de alerta. Com o binário, virá, enfim, a sinaleira para aquele cruzamento, está no plano viário elaborado pela EPTC. O horizonte dos números, para o aumento de fluxo, é o ano de 2016.

Depois dessa data, quem sabe?

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Thursday, October 01, 2009

Metralhadora Giratória - Maio de 2009

Fechem o Mercosul, seu cotidiano prova inexistência
O Mercosul foi criado no governo do vice, para facilitar a vida das montadoras de veículos. Facilitou a dos consumidores também. Mas, no mais, não existe. Basta ir de Porto Mauá a Alba Pose, na Argentina. É um suplício ver o gendarme desenhando o nome do turista. E, agora, mais uma caso, que não surpreende. O Brasil e a Agentina assinaram um contrato de fornecimento de gás para a térmica de Uruguaiana. A Argentina, do casal trabalhista K, não cumpre o contrato. E ninguém vai preso. É no que dá acordo entre estados formados por ideologias sem compromisso.
E tem as extorsões das rodoviárias, lá e cá, sobre os turistas de cá e de lá, que pagam tributos para serem achacados. Mercosul.

Energia também revela sua desfaçatez
Se existe república, democracia, estado de direito, lei e ordem, decência e palavra empenhada, então, não pode existir o pedido do vizinho de rever o preço da energia - o contrato assinado. Partidos do prolífico bispo “cresceu e se multiplicou” e do rei da ralé não são afeitos a contratos, palavras empenhadas? O que farão? Rasgarão a palavra? Outra vez?

Quando a fraude se torna a regra
Nada sobra no que crer. A mínima decência - cumprir com a palavra - é desprezada e aniquilada pela classe política, dando a todos o pior dos exemplos possíveis, a quebra de contrato, de acordo, de dignidade e de honra. Isso vos supreende? Não deveria. Fala-se aqui da PEC do Calote, uma emenda à Constituição, promovida pelo Executivo federal, que dá a estados e municípios, além de a ele, claro, o direito de ignorar o direito. Isso é típico da biografia dos que passaram décadas almejando o poder, que desprezam a dignidade humana, defendendo-a nos discursos. Se aprovada a PEC sinistra (esquerdista, trabalhista), aqueles que são credores dos políticos, por erros que eles cometeram, serão humilhados. Apenas o povo deve cumprir a lei, os partidos políticos, não? Chega!!

Corrupção não é para qualquer um
Se houve ou não caixa dois para comprar bem particular, de candidato a governo do Estado, é uma coisa. A outra é o que o episódio ensina. Lá, naquele país, somente um partido, o que defende a ética, tem poder para o desvio e corrupção. Eles fazem de tudo, denúncias surgem, provas, e nada lhes ocorre. Seqüestraram a mente do tal país. Os demais, que se cuidem, pois eles, mesmo da mesma cepa ideológica, fenecerão. Tem, aí, o fato de o judiciário daquela nação estar por eles, em muito, dominado.

Estranhas definições do marketing
Na embalagem do suco de laranja (“néctar”), lê-se "sabe aquela laranja fresquinha que você bebe em casa?". E eu, aqui, na minha ingenuidade, a vida inteira achando que laranja era de comer; suco, de beber. Mas, não! Outra. "Com gominhos da laranja". Não são gominhos, são as macrocélulas do saboroso vegetal. Ciências da 4ª série primarial. É mais uma prova da confusão mental na qual se vive, naquele país. Será??

Outro da falsa, logo, farsa, república
Há em vigor um código ambiental para toda a república federativa, ca-neteado pela União. Risquem o “federativa” do texto da Constituição. Que cada estado redija o seu, conforme suas características. O mesmo ocorre com o Penal. Ou é estadual, ou deve existir somente polícia federal. O tal código ambiental, feito pensando na Amazônia Legal (para lá de ilegal está), veda quase toda a agricultura do RS, como na produção de uva, fumo, milho, logo, vinho, cigarro, porco, frango. Quereis preservar a mata atlântica, serrada no sul? Então vais comer o quê? Pi-nhão?! Não há alternativa ao homem. Só a de se utilizar do “natural”.

Menos sangue
Na mão do príncipe dos trabalhadores. Não porque ele quis. O presidente da antiga Pérsia desistiu de visitar a Terra de Santa Cruz. Os protestos fizeram-no mudar de idéia. A sujeira fica nos bastidores.

Lógica de desleixado
“Vamos trabalhar”, dizem os que são contra a CPI para ver se a casa foi comprada honestamente.

Jogada ensaiada
As vítimas são a causa do crime, pensam muitos dos que julgam. Rede de TV mostrou “caos” nos cárceres. Aí, jurista negou prender quadrilha, porque não há condições nos presídios. Danemo-nos.

Aprova a corrupção
A farra das viagens aéreas de parentes de congressistas contou com o aval do presidente daquela república. Para ele, isso ocorre desde o descobrimento. Uau! Pensei que avião era coisa do século XX. Sintomático que seja de partido de os mais corruptos - fato provado na mídia - e defenda a malícia. Culpa, claro, é da imprensa crítica.

Frases do Mês: “Se fôssemos todos responsáveis pelos desmandos do governo que nos representa, Isabel pensou, a carga moral seria pesada demais.” - em Amigos, Amantes, Chocolate do escocês Alexander McCall Smith (edição Companhia das Letras). Só numa novela escocesa, mesmo, para encontrar tal reflexão, de tradição libertária que são. Por cá, não faltam políticos a invocar a culpa de todos nós, pelos males estatais. Uga!

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A coluna é obra de ficção, qualquer semelhança com nomes e fatos da realidade terá sido mera coincidência. Tal advertência não constou de edições passadas, por ser, pressupostamente, óbvio.

Raios & Trovões - Maio 2009

Injusta isenção do IPI de autos
Raios e trovões!! Um milhão deles! Para impedir que as montadoras estocassem veículos e demitissem, praticou-se a iniqüidade perante a lei, reduzindo o IPI para veículos. E os demais todos? A medida revelou a perversão dos tributos, que só enriquecem a burocracia estatal (que deveria ter como teto dez mínimos; se achais ruim, vade para a iniciativa privada ver o que é bom para a tosse). Tal mexida no mercado trouxe mais uma iniqüidade. Quem comprou carro com IPI, agora, não tem como mantê-lo ao revender, pois o governo cortou tal valor do preço final. Prova que a perversão estatal não tem limite e oprime o povo todo (ricos, pobres, classes médias). A opressão só veio a aumentar; afinal, no tempo da colônia, a carga tributária era o quinto dos infernos (20%). Hoje, vai a 50%, por baixo. Há produtos sobre os quais vai a 66% (o arroz e o feijão de cada dia), calculou o Dieese. O dia da liberdade tributária veio somente a 25/05. Nos EUA, a 15/04.

Levaram vaia
Integrantes de grupo do amelodioso rap, que entrou no palco com duas horas de atraso.

Sistema inviável
Deputado federal pede mudança no sistema político, inviável, disse. Mas a mudança proposta vai afastar o eleitor do eleito, ainda mais, com o voto em lista, nomes escolhidos pelo partido.

Paradoxo legislativo
Os parlamentos decidiram não decidir. O mais sério, como o grosso dos impostos, fica ao bel prazer dos executivos. Ditadura.

O fim da civilização
Loja projeta ambiente, cliente aprova e paga. Instalado, inventa que não gostou, entra na Justiça e ... ganha. Será justo?

Poder intoxicado
Está cheio, naquela terra, de ex-parlamentares fascistas, como CCs, na 2ª Instância. República?

Fim do direito e da ordem
Também no distante país, um ministro da última corte de apelação acabou com ações de indenização, por participação no capital de teles privatizadas. Facilitou mega-fusão que o governo quis. Já teve advogado se matando.

Destruindo o RS
Países de aliados da lelé barram produtos sulistas e o partido dele, da conspiração trabalhista ameríndia, assiste de camarote.

Quimioterapia preventiva
Os jornalistas do diário de luxo, lelélistas que são, exageraram. Para eles a [ilegal] pré-candidata faz “quimioterapia preventiva”. Me dá uma preventiva de próstata. A imbecilização totalitariza-se, afinal, se quimioterapia fosse prevenção, não seria tratamento, certo?

Faz-vos de imbecis
O presidente danação da nação do tesão disse que os juros cobrados do consumidor, nos bancos, são assalto à mão armada. Aos favos, faz-vos de imbecis. Juros são altos, porque o governo os quer, para sustentar suas contas no vermelho, a pagar, inclusive, mordomias-lelé milionárias. Ou serão mordomias lelé-milionárias? A investigar.

Hipótese conspiratória
Sempre desagradou muitos aquela universidade privada ter curso de medicina e hospital próprio. Perdeu, no canetaço, a condição de filantrópica. Criou-se um oceano de dívidas tributárias. Es-trago feito, devolveram a condição de filantropia. Bem armado.

Violação do direito
Todo Estado é, na origem, violação do direito individual. Mexem na poupança para sustentar um governo que não cabe na altíssima carga tributária. A impedir a fuga do CDB e CDI, a sustentar salários e aposentadorias aquinhoados acima do PIB.

Chantagem da maioria
Democracia precisa de regras ao rigor, que restrinjam o governo. Propor plebiscito, para aprovar terceiro mandato a lelé, é chantagem, com um terço do povo na esmola estatal à bolsas X. Raios!

Frágil democracia
Porque o partido mais corrupto da história não tem candidato ao terceiro mandato que esteja com boa saúde, surgem propostas violadoras da democracia.

Governo apóia o neonazismo
Do queimador de livros em hebreu, para cargo na Unesco, que trata de livros e ensino. À TT.