Tuesday, August 11, 2009

Metralhadora Giratória - Janeiro 2009

Agora é hora de investir significa “comprar um jato”
O titular da Fazenda no estado das quatro estações - o ano todo - alcançou o déficit zero, anunciou. Mas isso não resolve a bomba relógio da dívida, gerada, em muito, pela inviável previdência estatal.

O homem foi chamado no estrangeiro. Deixou o governo. O momento foi saudado como da transição. Do controle das contas, para as contas dos investimentos. Ficou no ar o cheiro de voltar ao buraco.

Pouco dias depois do garboso anúncio do “vamos investir”, revelou-se a perversão, típica, da classe dominante - com o voto dos que crêem. O primeiro grande investimento é comprar um avião a jato, para o primeiro cargo passear, err, representar o estado no exterior. Cônjuge vai?

Mais um ato revela face do governo
Eles expulsaram os pugilistas cubanos de volta à ilha do genocídio. São amigos e simpatizantes do genocida. Eles dão exílio a um terrorista de esquerda, claro, das Farc. A seqüestrada veio falar com o rei mensalão deles. O rei fingiu. Agora, dão guarida a um terrorista, homicida italiano, condenado em seu país. Tudo isso explica a hiperpopularidade??

Liberdade, lá, há; cá, não vá inventar
Certa feita, na data na qual celebravam o dia do presidente da república (nos EUA), o entrevistador Jay Leno tascou: “Hoje é o dia do presidente da República, no qual celebramos homens como George Washington, incapaz de dizer uma mentira, Bill Clinton, incapaz de dizer uma verdade, ou George W. Bush, que não sabe a diferença de uma para outra.” Vai tentar dizer algo assim dos presidentes das nações de cá do globo, sociedades fundadas na desconfiança, marca de seus governos.

A consolidação da chinelagem
Que uma figura obscura, um jornalista qualquer, tenha agido com total deselegância e atirado seus sapatos em um presidente, de uma república democrática, vá lá. Mas que o supremo surfador nas idiotices do cotidiano midiático, presidente de uma república, supostamente democrática, imite o ato, para agredir jornalistas, que o amparam há décadas, garantido-lhe eleição e reeleição, é a consolidação da chinelagem, que ele sintetiza. Melhorada, claro, no poder, com uma sapatagem. Haja.

Nova chantagem do supremo mensalão
E aí ele veio e disse que o desemprego pode levar à convulsão social. Ora, pois, pois. Convulsão social é o que ele e seus correligionários estão tentando desde os tempos do sindicalismo inconseqüente. Gasta irresponsavelmente o dos tributos e, agora, a culpa é “do Bush”.

Comunista quer o bom do capitalismo
Que os comunistas e seus filhotes fascismo, nazismo, socialismo queiram as benesses do capitalismo é sabido. Só não querem é trabalhar para tê-las. Para telas de TV fez plástica a ungida pelo Supremo Mensalão. A plástica, uma benesse do capitalismo. Com o dinheiro à força dos tributos, que empobrecem e concentram riqueza no governo.

Institucionalize-se a desigualdade, já
O prefeito poeta assinou lei que isenta a Fifa e seus associados de pagarem impostos na Copa de 2014 (a cidade espera ter dois estádios, logo duas chaves no certame; será novidade). Institui, assim, mais uma vez, a desigualdade perante a lei. Argumentou com “haverá mais receitas do que perda com isenções”. Explica, mas não justifica. A Constituição, a lei mais alterada e desobedecida no país das nádegas de fora, estabelece a igualdade perante a lei. O poeta já a descumpre, nas alíquotas de ISS e de IPTU. Não surpreende que não seja nem deposto por isso.

Depravada língua
Em um diário leio que o luxo “invade” o litoral. Quando os fascínoras invadem fazendas, o diário chama de “ocupação”. Tem finalidade tal perversão semântica. Funciona.

Deputados salvaram
Uma parte da pátria ao não autorizarem mais 7 mil e tantos cargos de vereador, como quis o Senado. Quanto mais vereadores, mais pequenos ditadores a hagarem regras sobre o cotidiano de quem os paga.

Perversão lingüística
Qüinqüelíngüe, que bela palavra é, a que designa quem fala cinco línguas. Agora, sem tremas, empobrecida pela reforma confusa perversa. Mais uma imposição ditatorial do supremo Rei Mensalão.

Negar a si mesmo
Barraco disse que era preciso reinventar a América. Então, assumiu que as políticas do partido dele, quando no poder (tipo obrigar banco a emprestar para quem não pode pagar) devem ser extintas. O mercado já o fez, custando caro. O Bush as manteve. Deu no que deu

Frases do Mês - “Tudo o que o Fed faz está baseado em um fundamento de mentiras. Ele não representa o mercado livre. Não restringe a ganância corporativa em benefício dos pequenos. Não estabiliza preços ou a economia em geral. Ele não previne a inflação, nem os ciclos de expansão [boom] ou quebra [bust]. Tudo que o sistema, ambos partidos políticos, a grande mídia e o governo têm dito sobre o Fed é o oposto da verdade.” Anthony Gregory, 25/11/2008. Em tempos de “refazer a América” ...

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A coluna é obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes e fatos da realidade terá sido mera coincidência. A advertência vale, claro, para todos os meses.
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