Cultura e crise no Fórum da Liberdade
O presidente do IEE, Rafael Sá, ao divulgar a programação, observou que o foco inicial do Fórum deste ano era unicamente o da "cultura da liberdade", distanciando-se, um tanto, do eixo usual, que é sempre de viés econômico. Mas os organizadores do evento - que chega a reunir 6 mil pessoas em dois dias - tiveram de incluir dois painéis de debate econômico, em vista do estouro da bolha imobiliária dos EUA, que, pela interrelação do sistema financeiro mundial, arrastou outras nações ricas, como Inglaterra, Escócia, França, Alemanha, Japão e China e chega ao Brasil, causando demissões nos ramos voltados à exportação e redução do crédito para o consumo interno.
O Fórum é planejado com grande antecipação, em virtude, muito, da agenda dos seus participantes convidados. De aí, a necessária adaptação feita no programa.
Segundo o presidente Rafael Sá, a edição deste ano buscará discutir as questões culturais que fundamentam a liberdade, "debater a cultura da liberdade", resumiu ele. Itaú, Gerdau e Souza Cruz são os patrocinadores maiores (sênior) do evento.
Um dos painéis é o da liberdade de expressão, da liberdade de imprensa, destacou Sá, pois ela é pilar da liberdade, lembrou. O tema, para a direção do IEE, reveste-se de importância, pois, nos países da América Latina, "não há apreço pela liberdade, nem pelo indivíduo", lembrou. Ao contrário, "são muitas as discussões contrárias à liberdade, pelo seu cerceamento". Foi o momento de citar os índices de liberdade econômica dos quais diferentes nações desfrutam, seu alto padrão de vida em geral e a liberdade de expressão e opinião presente nesses países. Tal índice é objeto de divulgação pelo IEE, durante o Fórum.
Questionado sobre a opinião do IEE quanto à crise financeira iniciada nos EUA, Sá apontou que o IEE não tem nenhuma posição oficial, "apenas a de seus integrantes, individualmente". E expôs a sua.
Tudo começou com a intervenção do governo no mercado imobiliário, obrigando os bancos a emprestarem para compra da casa própria a pessoas que não tinham condições de pagar.
Segundo, o juro baixo, fazendo com que as pessoas tomassem riscos maiores do que normalmente fariam. Terceiro, o fato de o capitalismo ter ciclos, "que vão da exuberância irracional ao pessismismo injustificado". O capitalismo é derivado da condição humana. Vive em ciclos, como as pessoas. O mercado não é perfeito e as intervenções do governo, para corrigi-lo, criam ainda mais imperfeições. Quanto mais intervém, menos desenvolvimento", definiu.
"O vilão não é o capitalismo. Claro que no capitalismo há vilões."
O painel de abertura do XXII Fórum da Liberdade, na noite de 06/04, será "Cultura da Liberdade", sendo precedido pela palestra especial desta edição, a cargo do ex-presidente do México, Vicente Fox, que quebrou 70 anos de hegemonia política do PRI.
No dia 07/04, pela manhã, virão os painéis "Liberdade e Protecionismo", "Liberdade e Intervencionismo". À tarde, "Liberdade de Etnias", com a questão das cotas raciais; e "Liberdade de Expressão".
Mais informações no site do fórum, o http://www.forumdaliberdade.com.br/ para os interessados em se inscreverem, com a lista dos debatedores e a programação completa.
MTB RS 7406 2833
Labels: forum da liberdade, intervencionismo, liberdade
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