Monday, February 11, 2008

Raios & Trovões - Janeiro 2008

Desobediência tem fundamento
Raios e trovões!! Um milhão deles!! Por que, neste país, pouco se respeita a lei? Seja a faixa de segurança, pelo motorista. Seja o sinal para o pedestre, pelo viandante. Seja a lei tributária. Seja a do sossego. Afinal, por quê? Por que o brasileiro aposta, cotidianamente, na anarquia? Este redator supõe uma explicação. Explica, não justifica.

O país foi criado teratogenicamente. Primeiro, veio o Estado, para administrar a atividade econômica (já começou mui mal). Depois, aos poucos, o povo, na sua maioria escravo (escravidão é fato comum no mundo, desde sempre, até o final do século XIX, em muitas regiões).

Durante a dita colônia, 20% de tudo, "o quinto dos infernos", era levado para Lisboa. A coroa proibia a impressão de livros, jornais, impedia o debate filosófico, científico e punia com as piores penas possíveis quem desobedecia. Vide o alferes Silva Xavier.

Quem garimpava ouro deixava o quinto, mais 18%, à concessão estatal, casa de fundição. Até hoje, a política parasita e dificulta quem trabalha, abusa de quem deveria proteger a vida e a liberdade. Quase tudo é crime, exceto privilegiados. De aí, à desmoralização da lei e ao jeitinho, é um ato.

BBB, o grande vencedor
É o governo, pois leva 27,5% em IRPF do prêmio pago. Mesmo que a emissora pague íntegro, o coletor vê o seu. Por que não câmaras de vídeo nos gabinetes do poder? Mil lentes!

Diário com partido
O de luxo entrevistou o prefeito, foto dele no canto, olhando para trás, ao computador. Também maltratou, na foto, a governadora, na entrevista com ela. Já o ministro que propôs violação da Constituição, ganhou foto de frente, sorrindo. Mil cliques!

Idiotice anti-aftósica
A vaidade de um alto burocrata levou ao extermínio de milhares de cabeças de gado. Ele queria o país livre de febre aftosa sem vacinação. Hoje, vacinam. Muuuu.

Razão da correria
Muito se reclama que hoje corre-se "atrás da máquina". Ora, é óbvio que, há cem anos, corria-se menos, afinal, a carga tributária (o "saque") somava uns 15% do PIB. Hoje, 40%. Mil guias!!

Internetês
Os jovens escrevem mal na internet, porque não sabem escrever, muito menos datilografar. E têm preguiça de aprender. Mil teclas!

Ditadura estatal
O poeta, o pró-esbulho, do terço, o guapo social-democrata? Todos anti-indivíduo. Quiçá o falso liberal, mezzo coletivista.

Governadora, por favor
Acabe com estas quase inúteis barreiras que a BM a senhora manda fazer! Precisamos de polícia na rua, ostensiva, e não caçando IPVA. Leia a história do assalto na rua Grão-Pára. Onde estava a força que a senhora chefia?

Luiz imita Fernando
Um lê demais; o outro, filho de mãe que nasceu analfabeta, de menos. Ambos negligenciaram relatórios e previsões; impõem o caos do apagão. E ficam na boa.

Promete o que ignora
Disse que não vai faltar energia. A realidade o nega. Tanto que autorizaram usinas emergenciais, a diesel.

Foi o vento
Que derrubou o pinheiro, disse, reafirmando a sanidade da árvore podre. Se foi o vento, por que outras podres, na mesma rua, não caíram? Com mil galhos!!

Estrada do mata
As curvas e banhados da estrada do mar contribuíram para três mortes por afogamento neste janeiro. Tanto que colocarão guard rails (defensas) nos pontos de risco.

Febre à força
Paga-se à força por saúde e, na hora de vacinar contra febre amarela, senhas e filas nos postos. Não há vacinas. País nojento. Gastaram o dinheiro para comprar votos de famintos, vítimas da febre endêmica. Mosquitos!!!

Só na rede estatal
E o pior é que a classe incompetente impede a rede privada de ter a vacina que só se encontra na rede estatal. Se e quando você procura, não tem. Erada! osta!

*Esta coluna é a versão internética da que circulou em papel, no final de janeiro/2008, no bairro Menino Deus e arredores, região ao sul do centro de Porto Alegre (RS).

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