Veneno na Câmara - Julho 2006
A lei do governo Fogaça que "proíbe o consumo de bebidas alcoólicas" em postos de gasolina, lojas de conveniência neles situadas, garagens e estacionamentos foi redigida e sancionada com uma ambigüidade a suspeitar-se de ser proposital. Pode ser fruto, por outra hipótese, de uma ignorância primordial. É que a lei proíbe o consumo, mas não a venda, logo a compra, de bebidas alcoólicas naqueles locais. Uma rápida consulta ao dicionário mostra que "consumir" pode significar tanto "gastar a riqueza", quando "desfazer na boca (hóstia)". Ou, modernamente, "alimentar-se com, ingerir". Como um vereador não pode legislar sobre o ato de comerciar alcoólicos (ainda bem!), pois é lei federal, o "consumir" do texto legal é "beber".
No fundo, claro, a vereadora que propôs a lei, do partido do prefeito, lei redigida por terceiros (horror do horror), talvez desejasse proibir a venda, mas, no andar da intenção interventora, viu que não poderia.
Não deveria ser objeto de políticos meter-se com coisas assim. Zelar pela probidade administrativa, acompanhando as contas públicas, atitude maior, não é seguida. Há muita coisa a ser defesa a políticos, para que nós, que os sustentamos à força, possamos fazê-lo.
Vitória contra o fascismo
Aconteceu no Centro, no bar chopp Tuim, na quinta-feira, 20 de julho. Freqüentadores do bar convenceram o dono a afixar na porta a placa "bar exclusivo para fumantes". O estado fascista logo apareceu. Um fiscal retirou a placa, dizendo ser ilegal (Fogaça sancionou a lei anti-fumo em locais privados de acesso público, em Porto Alegre). A placa foi retomada. A BM evitou as vias de fato. Na sexta-feira, 21, o titular da Smic reconciliou-se com a realidade. Suspendeu a fiscalização da lei, típico produto de quem não tem o que fazer. Democracia?
Cabeça vazia
Oficina do diabo. É o retrato de muitas mentes no parlamento.
Inimigo do povo
Tornou-se o parlamento, pois, em vez de zelar pela liberdade, tolhe-a em tudo o que pode. O coletivismo venceu, neste protetorado idiota das nações unidas.
Outra imbecilidade
É a lei que proíbe a existência de cyber cafés ou lan houses, em um raio de 500 metros de estabelecimentos de ensino. Inviabiliza em qualquer bairro populoso sua existência. Mais uma sanção do prefeito poeta. A Smic vai fechar o cyber de, entre outros, a Livraria Saraiva no Praia de Belas? Vai?
Ele ficou feliz, claro
Regozijou-se o vereador supostamente antípoda do coletivismo, com o fato de o socialista prefeito José Fogaça sancionar a lei anti-fumo, que o autor renegou, dadas as alterações feitas em plenário. Fogaça assina tudo. Haja saco!
Falso interesse pelo povo
Vereador comunista quer obrigar condomínios, a serem construídos, a terem medição indivi-dual de água. Não há dúvida que torna justa a conta dela. Mas não pensa ele nisso e, sim, em preservar os mananciais. Exterminar o uso é a solução estatista. Semper.
Política e lixo
Carlos Todeschini (PT) suspeita de privatização na coleta de lixo. João Antônio Dib (PP) afirmou que não ouviu, em nenhum momento, o Executivo falar em privatização. E lembrou que na administração da Frente Popular, um incinerador foi comprado e pago com dinheiro de hospitais, que agora combram na Justiça.
N.R.: O incinerador nunca foi usado, pois a lei já o impedia. Foi comprado sem licitação da firma de um petista de São Paulo. Para isso, foi decretada, pelo prefeito, emergência ambiental, que não havia.
Faltou lembrar da história
Raul Carrion (PCdoB) declarou sua indignação com os acontecimentos no Oriente Médio, que o fazem lembrar do nazifascismo na Europa. Sim, vereador. Na Segunda Guerra, os árabes lutaram ao lado de Adolf Hitler, pois querem, sempre, o extermínio de o povo judeu. Os árabes nunca criaram seu Estado palestino. Obram apenas para destruir Israel. Dá no que dá.
Cobra pela saúde e não faz
Carlos Comassetto (PT) disse que as políticas de saúde em Porto Alegre não melhoraram em nada com a troca de governo. É verdade, o dele [anterior] e o atual falham feio.
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